Shakespeare disse: as viagens terminam com o encontro dos apaixonados. Que idéia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada,
ou algo parecido. Mas estou convencido de que Shakespeare, tenha. Suponho que penso no amor mais do que deveria. Admira-me constantemente seu poder esmagador de alterar e definir nossas vidas. Também foi Shakespeare quem disse que o amor é cego. Pois bem, estou seguro de que isso é verdade.
Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.
Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente. A maioria das histórias de amor
falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos?
Somos vítimas de uma aventura unilateral. Somos os amaldiçoados dos seres queridos. Os seres não queridos. Os feridos que se valem por si mesmos.
Os incapacitados sem estacionamento reservado.
Já tive a imensa vontade de voltar ao passado e fazer tudo diferente, mas percebo que se tudo tivesse acontecido de outra forma, eu não teria me tornado a pessoa que sou hoje, pois eu já ia saber o caminho, e pedras não iam me pegar desprevenido, mas foram nesses tombos que eu aprendi o real significado dos altos e baixos, e só tenho a agradecer à essas pedras, que não construíram meu castelo, mas me ensinaram a viver.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias da vida, mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros, mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal, mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez hoje eu me sinta fraco,
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser, mas passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor, e se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado “Ainda não chegou o fim”, porque no final não haverá nenhum "talvez" e, sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e Eu fiz o melhor que podia.
Lud Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário