terça-feira, 30 de agosto de 2016

As cores do AMOR.


Acredito que em cada dia das nossas vidas, há um momento mágico. Único!
Alguns, levam-nos a pensar, que se repetem. Jamais. São sempre diferentes, há sempre algo que os diferencia do outro que já vivemos. Um gesto. Uma palavra. Um toque de duas mãos. Um sorriso. Um olhar apenas. Algo acontece - ou não - que o torna diferente, mais completo, mais intenso... ou mais frio e distante. Por vezes a diferença é também marcada pela falta, do que já vivemos um dia.


Há alturas em que andamos distraídos e não damos conta do que temos de bom, a cada momento único, que nos deixa extasiados.
Outras vezes andamos tão atentos, que percebemos as diferenças, do que temos agora e do que já tivemos um dia e de como uma falta, por pequenina que seja, pode cobrir de sombra o que já foi maravilhoso.


Porque quem ama, sente profundamente essas diferenças, por muito pequenas que sejam, por muito que a outra pessoa tente ser igual.
No amor só há duas cores. Não há meias cores. Podem ser as que quisermos. Mas só há duas. Para mim será branco e vermelho! Uma delas representa o dar, oferecer tudo sem limites, como se dessemos todas as cores numa mistura, que pode representar esse amor, a quem entende o significado do dar, a subtileza do sentimento, a sinceridade de um olhar, de cada toque, a ternura de um sorriso, o som de uma voz que nos percorre a alma e o corpo, o momento sem pressa, sem tempo, sem direção.


O vermelho é a paixão, sempre ouvi dizer que era a cor da paixão. E representa a forma carnal do amor. O amor e a linguagem do corpo. A forma como ele demonstra ao outro tudo o que há para dar. É o amor mais rápido, que dura menos tempo, mas que se renova a cada encontro, a cada contacto com aquele corpo que amamos, a quem queremos dar e de quem queremos receber todo o prazer.


Não pode haver no amor, só a cor "vermelho", o amor que vive só dessa cor não dura. Tem que haver o recato, a simplicidade, a sinceridade e a pureza do branco.
Só esse dura e perdura. E resiste ao vermelho, sem se deixar tingir pela força dessa cor.
Tudo isto para dizer que ontem, vivi de uma forma intensa o meu momento mágico do dia.
E nesses momentos, eu senti a diferença de outros que já tive.


Senti a diferença no beijo, no toque das mãos no meu corpo, nas palavras, e principalmente no que já não sou capaz de te fazer sentir.
Nos teus sentimentos por mim, nunca existiu o branco ou o vermelho...
Será que o «transparente» também pode ser uma cor?
Para mim, essa é a «cor» do que eu represento para ti.
Perdoa-me! Foi apenas isso que senti ontem, numa tarde cheia de cores... que só eu vi!

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