domingo, 7 de fevereiro de 2016

É inevitável a saída da Dilma da Presidência



O que faz um governo que herdou um país tão cheio de esperanças e potencialidades desabar de forma tão estrepitosa? Uma soma inacreditável de erros aliados à soberba e à autossuficiência, além de uma total incapacidade de fazer julgamentos corretos e corrigir rumos.

Os acontecimentos das últimas semanas apenas expuseram a imensa fragilidade do Planalto frente aos problemas que atravessa. E, sobretudo, puseram o processo de impeachment como uma possibilidade real no cenário futuro. Hoje próximo dos 60% de chances.

No âmbito da confusão,  alguns parlamentares contabilizam 300 votos a favor do afastamento    da presidente Dilma. É um número exagerado, que pode flutuar ao sabor das conveniências, da (in)competência política do governo e de eventuais desdobramentos da operação Lava Jato. Mesmo assim é muito preocupante. Significa a confirmação das pedaladas por uma instituição envolvida no caso, quando o Palácio do Planalto assegura que elas jamais existiram. O afastamento da Dilma esta sendo praticamente inevitável. O retorno das atividades no Congresso e nos tribunais superiores marca o início do ano político no país. A primeira semana, interrompida pelo Carnaval, será de intensas negociações. O retorno para valer dos trabalhos ocorrerá depois do dia 15.
O governo Dilma Rousseff arde na fogueira armada por seus erros. Provavelmente, desde muito a República do Brasil não tem uma Presidência tão incompetente como a atual. Em todos os quesitos que devem instruir uma Presidência, o governo é reprovado, e suas intervenções só tendem a agravar a situação. Em suma: é ruim quando parado e trágico quando em movimento.


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