segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O amor acaba.

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite voltada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador,

como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados;

e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Paulo Mendes Campos

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Aos meus amigos e parentes.

Para aquelas pessoas que fazem meu coração sorrir...
Para a galera que sempre esteve junto até mesmo quando eu não estava disposto...

Para a pessoa que eu esperava que me chutasse quando caí, e que foi uma das primeiras que me ajudou a levantar...
Para as pessoas que fizeram a diferença em minha vida...
Para as pessoas que quando olho para trás, sinto muitas saudades...
Para as pessoas que me aconselharam quando me senti sozinho, e me ajudaram a entender que não importa em quantos pedaços meu coração tenha se partido, pois o mundo não irá parar para que eu o conserte...
Para as pessoas que me deram uma força quando eu não estava muito animado.
Para as pessoas que amei...
Para as pessoas que abracei...
Para as pessoas que encontro apenas em meus sonhos...
Para as pessoas que encontro todos os dias e não tenho a chance de dizer tudo o que sinto olhando nos olhos...
Para mim, o que importa não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho na vida...
Por isso, guardo todas as pessoas importantes da minha vida em um cofre dentro do meu coração...

Acreditem, amigos no seguinte...
Eu creio em mim mesmo.
Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família.
Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.
Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito.
Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de minha companheira.
Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.

Não caluniarei aqueles que não gosto.
Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem.
Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.
Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.


Lud Mendes

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Coisas de minha vida.

 
Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.


Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieto em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei computadores, telefones e aparelhos de som, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.


Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.


Já desprezei uma filha, que é minha filha, mas nunca deixei de ama-la.
Já amo uma filha, que não é minha filha, mas aprendi ama-la.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei a mesmo pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...


Lud Mendes

sábado, 15 de outubro de 2016

Nada como o tempo.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...

Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...


Lud Mendes

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Internet - A conexão total do ser humano.

Em pouco tempo, não teremos mais que escolher nos conectar a internet.
Todos permaneceremos on-line para poder viver. Esqueça a internet como entretenimento que rouba grande parte do nosso tempo. Ela estará o tempo todo e em todos os lugares, não sendo mais restrita a tablets, celulares e laptops.

Daqui a pouco tempo, farão parte de nossas vida dispositivos inteligentes, como relógios que verificam notícias de trânsito e nos acordam mais cedo quando houver engarrafamento, roupas que avaliam nossa saúde e enviam relatórios ao médico e casas que analisam o consumo de agua, luz e gás, preparando relatórios diários e comparativos com os gastos dos vizinhos. Uma conexão total!

De fato, a inteligência artificial saltou das telas do cinema fictício para o nosso cotidiano. Não são apenas as relações que mudaram com a inclusão digital, mas a vida como um todo, no nível de trabalho, dos negócios, dos hábitos, dos estudos e, sobretudo, do acesso ao conhecimento. Os computadores possibilitaram uma agilidade sem precedentes aos processos de produção em todo os setores. Desde a fabricação de automóveis até a manipulação de alimentos, a produção tem sido otimizada e acelerada. As empresas produzem muito mais em muito menos tempo. Os bancos gerenciam as contas e prestam serviços com muito mais eficácia e rapidez graças a conexão direta com os clientes. As empresas incorporaram uma elevada despesa com os computadores, mas estão produzindo bem mais e vendendo mais rápido do que nunca.

Talvez uma das maiores vantagens dos computadores e da internet seja a disponibilização e o acesso à informação no contexto de escolas, universidades e centros de pesquisa. Exemplo disso, temos a nossa disposição a literatura universal e as pesquisas mais recentes podem ser acessadas e lidas de qualquer parte do mundo, nas mais diversas línguas, graças aos sistemas de buscas e tradução.

A internet e as redes sociais também estão conectando pessoas das mais diversas culturas. Isso provoca emancipação, inclusão, conscientização e pode abrir portas para a revoluções e mudanças sociopolíticas de grandes proporções.

As relações sociais já não são mais as mesmas. As fronteiras territoriais  e culturais praticamente desaparecem. Pessoas se conhecem, se relacionam e se casam sem barreiras geográficas. Encontrar parentes e amigos de quem nos distanciamos com o passar do tempo te sido uma das grandes surpresas da redes.

No entanto, nem tudo é para ser celebrado na era digital. Nossa relação com os computadores e com a internet também tem nos exposto a perigos e riscos inéditos na história, desde a banalização do amor e do sexo até a destruição da privacidade das pessoas e de organizações.

Lud Mendes

domingo, 9 de outubro de 2016

De Aluno para Professor

Alemanha - Inicio do século 20


Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!


Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça
permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!


Lud Mendes

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Confiança no futuro


De uns tempos para cá vem-se notando no ambiente do mundo um verdadeiro afloramento de inquietações de diversa índole, com traços marcantes de violência, que agitam o espírito humano.
A que obedecem tais inquietações, bem como as repetidas manifestações turbulentas que se promovem de um a outro ponto da Terra? Que pensamentos impedem os homens de viver em paz, em harmonia com seus semelhantes e tranquilos com suas consciências e seus interesses? Que germe maligno se introduz nas mentes humanas, fazendo com que elas, em torturantes desvios, compliquem as situações e multipliquem os problemas, quando mais necessárias são as soluções e o entendimento mútuo? Porventura isso não será devido ao fato de que as almas se intoxicam vivendo nas cidades, onde mal existem espaços que não estejam já ocupados pelos milhões que as habitam? Acaso não estará ocorrendo que a perda do contato com a Natureza, ou seja, com o campo, as montanhas, o mar, pouco a pouco vai insensibilizando os seres, endurecendo seus corações e fazendo com que suas mentes se tornem agressivas?

Na verdade, o ritmo acelerado da vida, as obrigações de toda classe e as múltiplas atenções impostas pelo ambiente social pervertem, de certo modo, o sentimento que antes caracterizou a vida das famílias, quando não havia tantas pressões para cumprir as exigências do viver diário.
O fato é que existe, por todas as partes, um nervosismo e uma ansiedade coletiva, configurados numa série de curiosos aspectos, e que custa muito acalmar. Diríamos que, tão logo é satisfeita uma necessidade, uma exigência ou um desejo, surgem de imediato outros que, com maior insistência, exigem ser atendidos e resolvidos, muitas vezes em prejuízo da justa medida, das conveniências e do bom senso.

É necessário que voltem a renascer a confiança, o entusiasmo e a fé no futuro, e, para que isso ocorra, será preciso trabalhar intensa e incansavelmente, a fim de conquistar a paz com sacrifício e sem esquecer a compreensão extraída de todos os acontecimentos passados, para poder assim reformar a conduta dos povos, fazendo com que se conduzam sem receios nem desconfianças, com nobreza e dignidade, pelo caminho que cada um deve percorrer do nascimento à morte, cumprindo uma lei que cabe a todos os homens respeitar por igual, precisamente por lhes ter sido imposta para realizar seu destino.