domingo, 18 de dezembro de 2016

Feliz 2017 - Feliz Novas Atitudes

Neste final de ano, vou ser diferente.
Não vou desejar "Boas Férias, "Tudo de Bom" e nem "Feliz Ano Novo".
Mas desejo a todos, que agradeçam por ter um trabalho, que lutem a cada dia, por seus ideais.


Que tentem amenizar ao máximo os percalsos do dia a dia.
Que não só preservem as amizades que tem, mas que consigam novas também.
Que façam pelos outros áquilo que tenham vontade e por vezes deixamos passar.
Que consigam concluir tudo o que começaram, mesmo que leve mais tempo que o esperado.


Que amem o seu próximo, mesmo que este esteja longe, ele com certeza irá sentir.
Que fortaleçam a família, os laços, se possível dê um forte abraço, daqueles de tirar o fôlego.


Que consigam demonstrar o carinho e o amor por aqueles que merecem, 
E compaixão por aqueles que não se dão esta oportunidade.
Brinque, sorria, sinta a magia não só do velho indo embora, mas do novo que esta por vir.
Enfim que neste fim de ano, não seja um "fim de ano", mas o começo de um novo ciclo.


Para aqueles que ja fazem isso, muito bem.
Para aqueles que não o fazem, ainda é tempo.


A todos desejo:



FELIZ NOVAS ATITUDES



Pois todos nós somos capazes de mudanças. Mas que sejam para o bem. 


Lud Mendes

sábado, 10 de dezembro de 2016

O Natal

Ah, o Natal... Ouço pessoas criticarem o consumismo desenfreado que toma as pessoas nesta época cujo significado perdeu-se entre árvores, brinquedos e Papai Noel. Certo, tudo certo...
Mas eu prefiro lembrar que neste final de ano, devido ao famigerado consumismo, milhões de empregos foram gerados e milhões de pessoas puderam resgatar um pouco de sua dignidade.

Prefiro lembrar que neste momento, por conta do dinheiro extra que receberão, muitos pais e mães de família poderão oferecer uma mesa mais farta aos seus filhos. E que devido a alta propaganda de solidariedade que se faz nesta época, crianças carentes poderão ganhar, sim, algum brinquedo.

Prefiro lembrar que muitas pessoas tomadas pelo espírito disseminado nesta época mover-se-ão à caridade e a solidariedade com o próximo.  E que você... você poderá, enfim, dar e receber o abraço daquelas pessoas que você gosta mas que por falta de “motivo” para abraçar ficou contido até agora...

Ah, como Deus escreve certo por linhas tortas. O que era para ser “apenas” a celebração do nascimento de Jesus, universalizou-se numa celebração de Fraternidade e Amor. Bem ou mal, o Amor está em toda parte!
E se ainda assim você não quiser celebrar esta data, não tem problema: Quero convidar-te a fazer como fossem Natal todos os teus dias!

Pensando bem. Que é o Natal, senão um misto de amizade e amor
Amor repartido pela família, pelos amigos, todos aqueles que estão conosco, em todos os momentos da nossa vida, bons e maus, que se regozijam com a nossa felicidade e se entristecem com a nossa desventura. 
Em suma Natal é amor, carinho e também tristeza pelo sentimento de perda, ausência de entes queridos falecidos.

Amor e dor que nos transportam à alegria e às lágrimas, à antítese da vida.
Vivamos pois, rodeados de quem nos faz feliz e afastados dos espíritos cruéis.
Urge reproduzir o espírito de Natal aos outros 11 meses do ano e erradicar a pobreza e a guerra, senão a bélica, pelo menos a guerra interior dos nossos corações.

Acreditem que ainda o melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família feliz.
Feliz Natal, AMIGOS!

Lud Mendes

sábado, 3 de dezembro de 2016

A importância da AMIZADE


A amizade faz bem para o coração e para a saúde. Afinal, os amigos tornam mais fácil a superação dos problemas, nos acolhe, nos afasta da solidão, nos faz rir e nos aconselha quando é necessário.
Amigos são essenciais na nossa vida. É aquela pessoa que nos ouve, sabe o que é importante para nós, mas que também fala coisas que não queremos ouvir, que nos dá puxões de orelha quando necessário.

Para mantermos uma amizade, é importante sabermos que a amizade é troca, é compartilhar, e não somente uma via de mão única. Muitas pessoas fazem do amigo ou da amiga um ‘orelhão’ e na hora de dar um pouco de si, simplesmente ignoram. O egoísmo maltrata a amizade, amizade significa ceder e até abrir mão de algo pelo outro.

Amigo chora com você as desventuras, mas também vibra com suas conquistas. É torcer pela vitória do outro, que nem sempre é fácil, principalmente se a sua vida não estiver legal. A importância da amizade, que para mim, considero uma via de "mão dupla": todos nós temos as nossas carências e para receber, é importante aprender a dar.

Com base nisso, você já se deu conta da importância dos amigos em sua vida? Caso ainda não, basta observar algumas circunstâncias e perceberá que há momentos na vida que você distinguirá muito bem os amigos verdadeiros. Por que qualquer um pode ficar ao seu lado quando você está certo, mas o amigo verdadeiro permanece ao seu lado mesmo quando voce está errado. Um simples amigo espera que você sempre esteja por perto quando ele precisar. O verdadeiro amigo deseja estar sempre por perto quando você precisar dele. Um simples amigo ajuda-o a secar as lágrimas. O verdadeiro amigo faz de tudo para não deixá-las cair. Se você ainda não tinha se dado conta desses pequenos detalhes, comece agora e perceberá que quem tem amigos verdadeiros é possuidor de valiosíssimo tesouro. E acima de tudo, busque ser um verdadeiro amigo e não apenas tê-los a sua disposição. A amizade é o sentimento que une as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar.


Lud Mendes

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Amizade entre Irmãs.

A amizade entre Irmãs é um amor que nunca morre. 
A amizade entre Irmãs é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem. 
A amizade entre Irmãs quando é sincera o esquecimento é impossível.

A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas,
de estarmos abertos a todas as perguntas. 
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram
coisas maravilhosas com você. 

A esperança é um empréstimo pedido à felicidade. 
A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência, a solidão não é um castigo, e sim um resultado. A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que
percorremos para encontrá-la. 

A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga. 
A glória da amizade entre Irmãs não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. 

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiras amizades. 
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar. 
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ela deseja no momento. 
A persistência é o caminho do êxito. 
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. 

Amizade entre Irmãs, é ser amiga de verdade, é a outra parte do oceano que a gota procura... A tua única obrigação durante toda a tua existência, é seres verdadeiro para contigo próprio. A verdadeira amizade entre Irmãs, deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar. A verdadeira amizade entre Irmãs, é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria Irmã. A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir. A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si. Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros. 

Considero que: Ser amiga de verdade entre Irmãs e Irmãos, é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante, é a luz que não deixa a vida escurecer, é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você! Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados..., é aquele que, a cada vez, nos faz entrever a meta e que percorre conosco um trecho do caminho, são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultivamos. 


Amizade entre Irmãos, é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas..., palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!! 
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado. Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos. 

Procure elogiar seus amigos em público, critique em particular. Errar é humano, perdoar é divino. Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz. 
Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens! 
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

Lud Mendes

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Saúde mental, saúde corporal.

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido. Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.

Comecei o meu pensamento hoje fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakovski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.

Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as ideias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem-unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme!) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é coisa muito perigosa...



Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.



Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.


Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que chamar psiquiatras e neurologista, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para lidar com o software há que fazer uso de símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.



Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos do Drummond e o corpo fica excitado.

Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e de se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía do seu software era tão bonita que o seu hardware não suportou.

Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias.

Opte por um soft modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contraindicados. Já o rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Faustão e dos programas chatos de nossa televisão.


Conclui que o segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.


Lud Mendes

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Momentos de nossa vida.

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.



As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.



O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar,
porque um belo dia se morre.



Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.

Lud Mendes

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Não te quero mais, acabou!

Comprovei que, quase tudo o que já foi escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: as viagens terminam com o encontro dos apaixonados. Que idéia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada,
ou algo parecido. Mas estou convencido de que Shakespeare, tenha. Suponho que penso no amor mais do que deveria. Admira-me constantemente seu poder esmagador de alterar e definir nossas vidas. Também foi Shakespeare quem disse que o amor é cego. Pois bem, estou seguro de que isso é verdade.
Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.
Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente. A maioria das histórias de amor
falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos?
Somos vítimas de uma aventura unilateral. Somos os amaldiçoados dos seres queridos. Os seres não queridos. Os feridos que se valem por si mesmos.
Os incapacitados sem estacionamento reservado.


Já tive a imensa vontade de voltar ao passado e fazer tudo diferente, mas percebo que se tudo tivesse acontecido de outra forma, eu não teria me tornado a pessoa que sou hoje, pois eu já ia saber o caminho, e pedras não iam me pegar desprevenido, mas foram nesses tombos que eu aprendi o real significado dos altos e baixos, e só tenho a agradecer à essas pedras, que não construíram meu castelo, mas me ensinaram a viver.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias da vida, mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros, mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal, mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez hoje eu me sinta fraco,
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser, mas passarei a admirar quem sou.


Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor, e se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado “Ainda não chegou o fim”, porque no final não haverá nenhum "talvez" e, sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e Eu fiz o melhor que podia.


Lud Mendes

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O amor acaba.

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite voltada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador,

como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados;

e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Paulo Mendes Campos

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Aos meus amigos e parentes.

Para aquelas pessoas que fazem meu coração sorrir...
Para a galera que sempre esteve junto até mesmo quando eu não estava disposto...

Para a pessoa que eu esperava que me chutasse quando caí, e que foi uma das primeiras que me ajudou a levantar...
Para as pessoas que fizeram a diferença em minha vida...
Para as pessoas que quando olho para trás, sinto muitas saudades...
Para as pessoas que me aconselharam quando me senti sozinho, e me ajudaram a entender que não importa em quantos pedaços meu coração tenha se partido, pois o mundo não irá parar para que eu o conserte...
Para as pessoas que me deram uma força quando eu não estava muito animado.
Para as pessoas que amei...
Para as pessoas que abracei...
Para as pessoas que encontro apenas em meus sonhos...
Para as pessoas que encontro todos os dias e não tenho a chance de dizer tudo o que sinto olhando nos olhos...
Para mim, o que importa não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho na vida...
Por isso, guardo todas as pessoas importantes da minha vida em um cofre dentro do meu coração...

Acreditem, amigos no seguinte...
Eu creio em mim mesmo.
Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família.
Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.
Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito.
Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de minha companheira.
Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.

Não caluniarei aqueles que não gosto.
Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem.
Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.
Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.


Lud Mendes

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Coisas de minha vida.

 
Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.


Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieto em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei computadores, telefones e aparelhos de som, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.


Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.


Já desprezei uma filha, que é minha filha, mas nunca deixei de ama-la.
Já amo uma filha, que não é minha filha, mas aprendi ama-la.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei a mesmo pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...


Lud Mendes

sábado, 15 de outubro de 2016

Nada como o tempo.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...

Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...


Lud Mendes

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Internet - A conexão total do ser humano.

Em pouco tempo, não teremos mais que escolher nos conectar a internet.
Todos permaneceremos on-line para poder viver. Esqueça a internet como entretenimento que rouba grande parte do nosso tempo. Ela estará o tempo todo e em todos os lugares, não sendo mais restrita a tablets, celulares e laptops.

Daqui a pouco tempo, farão parte de nossas vida dispositivos inteligentes, como relógios que verificam notícias de trânsito e nos acordam mais cedo quando houver engarrafamento, roupas que avaliam nossa saúde e enviam relatórios ao médico e casas que analisam o consumo de agua, luz e gás, preparando relatórios diários e comparativos com os gastos dos vizinhos. Uma conexão total!

De fato, a inteligência artificial saltou das telas do cinema fictício para o nosso cotidiano. Não são apenas as relações que mudaram com a inclusão digital, mas a vida como um todo, no nível de trabalho, dos negócios, dos hábitos, dos estudos e, sobretudo, do acesso ao conhecimento. Os computadores possibilitaram uma agilidade sem precedentes aos processos de produção em todo os setores. Desde a fabricação de automóveis até a manipulação de alimentos, a produção tem sido otimizada e acelerada. As empresas produzem muito mais em muito menos tempo. Os bancos gerenciam as contas e prestam serviços com muito mais eficácia e rapidez graças a conexão direta com os clientes. As empresas incorporaram uma elevada despesa com os computadores, mas estão produzindo bem mais e vendendo mais rápido do que nunca.

Talvez uma das maiores vantagens dos computadores e da internet seja a disponibilização e o acesso à informação no contexto de escolas, universidades e centros de pesquisa. Exemplo disso, temos a nossa disposição a literatura universal e as pesquisas mais recentes podem ser acessadas e lidas de qualquer parte do mundo, nas mais diversas línguas, graças aos sistemas de buscas e tradução.

A internet e as redes sociais também estão conectando pessoas das mais diversas culturas. Isso provoca emancipação, inclusão, conscientização e pode abrir portas para a revoluções e mudanças sociopolíticas de grandes proporções.

As relações sociais já não são mais as mesmas. As fronteiras territoriais  e culturais praticamente desaparecem. Pessoas se conhecem, se relacionam e se casam sem barreiras geográficas. Encontrar parentes e amigos de quem nos distanciamos com o passar do tempo te sido uma das grandes surpresas da redes.

No entanto, nem tudo é para ser celebrado na era digital. Nossa relação com os computadores e com a internet também tem nos exposto a perigos e riscos inéditos na história, desde a banalização do amor e do sexo até a destruição da privacidade das pessoas e de organizações.

Lud Mendes

domingo, 9 de outubro de 2016

De Aluno para Professor

Alemanha - Inicio do século 20


Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!


Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça
permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!


Lud Mendes

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Confiança no futuro


De uns tempos para cá vem-se notando no ambiente do mundo um verdadeiro afloramento de inquietações de diversa índole, com traços marcantes de violência, que agitam o espírito humano.
A que obedecem tais inquietações, bem como as repetidas manifestações turbulentas que se promovem de um a outro ponto da Terra? Que pensamentos impedem os homens de viver em paz, em harmonia com seus semelhantes e tranquilos com suas consciências e seus interesses? Que germe maligno se introduz nas mentes humanas, fazendo com que elas, em torturantes desvios, compliquem as situações e multipliquem os problemas, quando mais necessárias são as soluções e o entendimento mútuo? Porventura isso não será devido ao fato de que as almas se intoxicam vivendo nas cidades, onde mal existem espaços que não estejam já ocupados pelos milhões que as habitam? Acaso não estará ocorrendo que a perda do contato com a Natureza, ou seja, com o campo, as montanhas, o mar, pouco a pouco vai insensibilizando os seres, endurecendo seus corações e fazendo com que suas mentes se tornem agressivas?

Na verdade, o ritmo acelerado da vida, as obrigações de toda classe e as múltiplas atenções impostas pelo ambiente social pervertem, de certo modo, o sentimento que antes caracterizou a vida das famílias, quando não havia tantas pressões para cumprir as exigências do viver diário.
O fato é que existe, por todas as partes, um nervosismo e uma ansiedade coletiva, configurados numa série de curiosos aspectos, e que custa muito acalmar. Diríamos que, tão logo é satisfeita uma necessidade, uma exigência ou um desejo, surgem de imediato outros que, com maior insistência, exigem ser atendidos e resolvidos, muitas vezes em prejuízo da justa medida, das conveniências e do bom senso.

É necessário que voltem a renascer a confiança, o entusiasmo e a fé no futuro, e, para que isso ocorra, será preciso trabalhar intensa e incansavelmente, a fim de conquistar a paz com sacrifício e sem esquecer a compreensão extraída de todos os acontecimentos passados, para poder assim reformar a conduta dos povos, fazendo com que se conduzam sem receios nem desconfianças, com nobreza e dignidade, pelo caminho que cada um deve percorrer do nascimento à morte, cumprindo uma lei que cabe a todos os homens respeitar por igual, precisamente por lhes ter sido imposta para realizar seu destino.