domingo, 28 de novembro de 2010

A busca incansável do ser humano pela felicidade

    Todo ser humano passa por turbulência em sua vida. A alguns falta o pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver. Outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranqüilidade e da felicidade.
     Quando o homem explorar intensamente o pequeno átomo e o imenso espaço e disser que domina o mundo, quando conquistar as mais complexas tecnologias e disser que sabe tudo, então ele terá tempo para se voltar para dentro de si mesmo. Nesse momento descobrirá que cometeu um grande erro. Qual?
   Compreenderá que dominou o mundo de fora, mas não dominou o mundo de dentro, os imensos territórios da sua alma. Descobrirá que se tornou um gigante na ciência, mas que é um frágil menino que não sabe navegar nas águas da emoção e que desconhece os segredos que tecem a colcha de retalhos da sua inteligência.
   Quando isto ocorrer, algo novo acontecerá pela segunda vez a sua maior invenção: A roda? Sim, só que desta vez será a roda da emoção. Encontrando-a, ele percorrerá territórios pouco explorados e, por fim, encontrará o que sempre procurou: o amor, pela vida e pelo Autor da vida.
   Ao aprender a amar, o homem derramará lágrimas não de tristeza, mas de alegria. Chorará não pelas injustiças, mas porque compreendeu que procurou a felicidade em todo o universo e não a encontrou. Perceberá que DEUS a escondeu no único lugar em que ele não pensou em procurá-la: dentro de si mesmo.
   Neste dia, sua vida se encherá de significado e uma revolução silenciosa ocorrerá no âmago do seu espírito: a soberba dará lugar a simplicidade, o julgamento dará lugar à solidariedade, a incesatez dará lugar à sabedoria. Mas este tempo ainda está distante. Por quê?
   Porque nem sequer descobrimos que a pior miséria humana se encontra no solo da emoção. O homem sonha em viver dias felizes, mas não sabe conquistar a felicidade. Os poderosos tentaram dominá-la. Cercaram-na com exércitos, encurralaram-na com armas, pressionaram-na com suas vitórias. Mas a felicidade os deixou atônitos, pois nunca o poder conseguiu controlá-la.
   Os magnatas tentaram comprá-la. Construíram impérios, ¨conseguiram fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou perplexos, pois ela jamais se deixou vender, e lhes disse: "O sentido da vida se encontra num mercado onde não se usa dinheiro!" Por isso há miseráveis que moram em castelos e ricos que moram em casebres.
   Os cientistas tentaram entender a felicidade. Pesquisaram-na, fizeram estatísticas, mas ela os confundiu, dizendo: " A lógica numérica jamais a lógica da emoção!" Perturbados, descobriram que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das idéias. Por isso, os cientistas que viveram uma vida exclusivamente lógica e rígida foram infelizes.
   Os intelectuais buscaram a felicidade nos livros de filosofia, mas não a encontraram. Por quê? Porque há mais mistérios entre a emoção e a razão do que jamais sonhou a mente dos filósofos. Por isso, os pensadores que amaram o mundo das idéias e desprezaram o mundo da emoção perderam o encanto pela vida.
   Os famosos tentaram seduzir a felicidade. Ofereceram em troca dela os aplausos, os autógrafos, o assédio da TV. Mas ela os golpeou, dizendo: "Escondo-me no cerne das coisas simples!" Rejeitando o seu recado, muitos não trabalharam bem a fama. Perderam a singeleza da vida, se angustiaram e viveram a pior solidão: sentir-se só no meio da multidão.
   Os jovens gritaram: "O prazer de viver nos pertence!"  Fizeram festas e promoveram shows, alguns se drogaram e outros apreciaram viver perigosamente. Mas a felicidade chocou-os com seu discurso: "Eu não me encontro no prazer imediato nem me revelo aos que desprezam seu futuro e as consegüências dos seus atos!"
   Algumas pessoas acreditaram que poderiam cultivar a felicidade em laboratório. Isolaram-se do mundo, baniram as pessoas complicadas de sua história e as dificuldades de sua vida. Gritaram: "Estamos livres de problemas!" Mas a felicidade sumiu e lhes deixou um bilhete: "Eu aprecio o ¨cheiro¨ de gente e cresço em meio aos transtornos da vida.
  A felicidade é tão simples que basta você querer ser feliz. O mundo ensina-nos lições, entre outras, sublimes. Para aquele que busca a felicidade no apreender, indico como grandes mestres, os olhos das crianças. Sua pureza dá-nos o prazer das coisa boas da vida. Basta olhá-las para que tenhamos certeza da presença de Deus. Afinal de contas, quê buscamos mais que isto?


  Saúde e felicidade a todos!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

SEJA OTIMISTA


  A meu ver, não existem livros maus. Basta que, em milhões de palavras, centenas de páginas que abriguem nefastos conceitos, haja um apenas que traga, em seu bojo, uma mensagem sincera, humana, inteligente e válida, e ele, o livro, já terá cumprido sua missão na terra.
  Lendo a obra, "Tocando a Vida" da excelente escritora, Psicóloga Sonia Blota Belloti, onde aconselho a todos que gostam de uma boa leitura e com isso aplicar no seu dia a dia os conceitos por Ela citados, não esqueçam de colocar em sua lista de leitura  este maravilhoso livro.
  Amigos! O livro, assim como o homem, tem alma. Entretanto, a dele não está destinada ao céu ou inferno, como a nossa. A dele, simplesmente, será o céu ou o inferno da alma daquele que lhe imputar seu devido valor ou negar seu propósito.
  Outrossim, o homem poderá fazer dele uma semente de sabedoria ou uma arma de mortíferos efeitos. Na capítulo designado pela escritora sobre o otimismo, notamos claramente os conceitos existentes e esclarecedores do Pessimismo e Otimismo. O pessimista é a pessoa que diante de duas opções desagradáveis escolhe ambas.
   Existe uma piada que diz que num copo com metade de água o otimista vê a metade cheia e o pessimista vê a metade vazia. O otimismo ou o pessimismo é o que influencia a forma como as pessoas explicam a si mesmas, seus êxitos e seus fracassos.
   Os otimistas "que me classifico entre este grupo", consideram que seus fracassos se devem a algo que eles podem mudar. Em nossos encontros, nos bares de fim de tarde onde encontrava-mos depois de um dia repleto de agitação,  meu grande amigo Nilton Matheus (in memorium), autor do livro "Singelezas", nas conversas sempre regadas a um bom vinho, dizia Ele - Nem sei porque lutamos tanto por esquecer os momentos difíceis porque passamos, se foram eles que nos ensinaram a viver os momentos de agora.
   E, por isso, é mais fácil que, em uma próxima oportunidade, ele "o otimista" possa ser mudado para melhor. Em contrapartida, os pessimistas atribuem os seus fracassos a obstáculos que eles consideram incapaz de modificar, ou seja, que os contratempos são coisas quase irremediáveis e que, portanto, eles estão amarrados e paralisados para as coisas da vida. Para o pessimista, as adversidades quase sempre se devem a alguma deficiência pessoal ou simplesmente porque o mundo está contra ele. As pessoas pessimistas tendem a explicar as coisa desagradáveis com razão pessoal, tipo "isso é minha culpa", ou de caráter permanente, tipo "isso é assim e nunca vai ser mudado". Com isso, imaginam que o futuro será negro, já que nada vai mudar, nunca, e com isso perpetuam essa sensação de fracasso. Fuja deste grupo de pessoas o mais rápido possível, porque sua contaminação será eminente.
   As pessoas otimistas são totalmente opostas. Elas pensam: "Há coisas que não dependem de mim", "As más situações não vão durar para sempre e nem ocupam toda a vida, apenas uma parte dela", ou "Eu tenho condições de lidar com isso cada vez melhor".
   A questão-chave é ir em frente quando existem frustrações, dificuldades ou decepções. E esse é o papel do otimismo, do bom humor na vida das pessoas. Continuar a responder à vida e às dificuldades de uma forma ativa, esperançosa, positiva, procurando ajuda, conselhos, vendo uma boa direção e buscando remover os obstáculos ou pelo menos aprender a lidar um pouco mais com eles. Ou seja, o otimismo é muito importante na vida de qualquer pessoa e se deve em grande parte, ao bom humor. Os efeitos do bom humor na saúde física da pessoa já são tão evidentes que uma boa e sincera gargalhada, bem dada, pode ter a importância de uma aula de ginástica. Saber sorrir é sinal de saúde, bom humor é uma manifestação de otimismo do tipo de emoção positiva que cativa as pessoas, já ao contrário do pessimismo é do tipo de emoção que não devemos deixar nos contaminar.
   O exemplo de otimismo, garra, luta sempre focando em seus pensamentos o melhor, foi dado para mim pela minha amiga, esposa e companheira em todos os momentos de vida nos vinte e quatro anos em que vivemos. Recentemente tive que enfrentar  dificuldades física e mental, onde fiquei exposto a uma trincheira sem poder lutar ou manifestar qualquer tipo de reação... defesa... completamente desarmado, no mundo cruel e nefasto que enfrentamos em nosso dia a dia. Minha companheira repleta de otimismo, foi em busca de todas as armas necessárias, sem medir esforços ou nunca deixar o pessimismo que certas pessoas tentavam induzir em sua mente, ao contrário, buscou nos amigos, vizinhos... pessoas com um ego mais elevado e com doses múltiplas de otimismo, que se já tiveram que enfrentar dificuldades até maiores que estávamos enfrentando na busca de soluções ou na pior das hipóteses conforto no seu coração, objetivando sempre que no pior resultado, seria simplesmente uma espera, uma ausência, com retorno futuro repleto de lições para melhorar ainda mais o nosso relacionamento.
   A arte digital, por mim criada a tempos atrás, que no início deste texto apresento - diz tudo para mim, na época que criei não imaginava que iria me servir para ilustrar meus pensamentos, meu desespero, minha tortura até mesmo minha salvação... libertação...,  mas, otimista como sempre fui e continuo sendo e vou ser até o último dia de minha vida: " Há sempre uma luz no final de um túnel ", que está bem representada na figura  com intuito de ilustrar estas humildes palavras.
   Amigos dê gargalhadas das adversidades, nenhuma dificuldade merece sequer uma lágrima. O riso cura humilhações, exigências inúteis, vaidades feridas, ressentimentos e raiva. Ria com as pessoas e não das pessoas, e mude o ambiente e seu modo de viver! Seja otimista!
   Obrigado! Saúde e felicidades a todos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A evolução das cartas de jogo, a tradição está online


O jogo de cartas é um passatempo que tem suas raízes na noite dos tempos, e como tal é impossível estabelecer com exatidão qual sua origem verdadeira, com certeza sabemos que as cartas de jogo chegaram à Europa graças aos árabes, antes do ano 1000 e que através de várias sortes chegaram até nós, mesmo que seja difícil que um jogador pense em quanta história possa estar embutida nestas simples figuras enquanto joga, talvez um Buraco.
Seguramente o Brasil, que passou por muitas dominações e influências diversas, foi terreno fértil para as “naibe” (termo arcaico para definir as cartas), por isso que em nosso país, mais do que em outros, nasceu uma flora de jogos diversos, alguns com suas mil variantes regionais, sem falar da diversidade das cartas em si: cerca de uma dúzia de variantes regionais.
As cartas foram, no passado recente, uma forma de co-dividir o tempo livre, em uma sociedade essencialmente agrícola e pouco industrial como a nossa. Era um modo de unir as pequenas comunidades vizinhas quando o trabalho permitia. Mas, o que restou hoje deste retalho em uma sociedade esencialmente adensada em grandes cidades e onde o tempo livre se divide em mil maneiras e outras tantas possibilidades?
Seguramente os jovens dos anos setenta e oitenta viram o jogo de cartas de modo muito menos presente que seus pais, vendo-os jogar somente nas festividades de Natal ou nos acampamentos de verão, e aqueles dos anos noventa e dois mil provavelmente o entendem como um velho e antiquado retalho de jogos pré-históricos.
Podemos portanto pensar que o novo milênio tornaria-se a tumba das cartas de jogo, sepultando por ordem de aparição, o cinema, a televisão, o computador e a internet, porém seria uma leitura superficial e pouco atenta dos desenvolvimentos globais. Seguramente as cartas de jogo provém de um vintênio difícil, mas como outras invenções milenares do homem, estas acompanham a mutação do homem adaptando-se à épocas e hábitos diversos.
Nos anos noventa, não por acaso, tivemos a companhia das cartas de jogo colecionáveis, sendo “magic the gathering” o maior exemplo deste fenômeno. Com este jogo, as cartas se fundem com figurinhas, criando uma mistura perfeita de alta longevidade de jogo para o usuário e altíssima rentabilidade para o produtor, que se assegura uma venda contínua (pelo menos por um período de tempo) aos usuários que as utilizam.
Óbvio que não são todos aqueles que se lançaram neste campo que obtiveram successo, porém a fórmula das cartas de jogo colecionáveis está qualquer coisa, menos que morta, basta citar Yughi-ho, Pokemon, Gormiti etc.
Incrivelmente, diga-se de passagem, uma idéia criativa para um uso diferente das cartas de jogo surgiu na Alemanha, onde pequenos inventores de novos jogos possuem, há tempos, uma boa fatia do mercado de passatempos. Nas prateleiras apareceram, portanto, jogos de cartas diferentes daqueles que fomos habituados.
As experiências das cartas de jogo colecionáveis, unidas a um espírito típico de jogo de mesa criaram portanto, uma nova maneira de entender os jogos de cartas.
Se observarmos jogos como “bang!”, “saboteur” e outros nos daremos conta que na verdade se tratam de verdadeiros e únicos jogos de sociedade, que reinventam as cartas de jogo e como instrumentos que substituem tabuleiros, dados e tantos outros, aliviando o peso para o jogador e dando-lhe uma ampla possibilidade de transporte e compartilhamento.
E chegamos então ao novo milênio e à difusão daquilo que tornou-se o instrumento de informação e compartilhamento por excelência, a internet. Como no passado, o jogo de cartas sobreviveu também a esta revolução, reinventando-se e trocando de pele. Desfrutando na verdade de sua versatilidade e simplicidade, o jogo de cartas pode tornar-se um fenômeno de massa pela internet, visto que este é , por excelência, jogo para mais de uma pessoa. A opção comumente chamada “multiplayer” tem na verdade plena aplicação nos jogos de cartas, os quais jogados indivualmente ou contra um computador, perdem grande parte de seu fascínio. O poder envolvente e socializante das cartas entra portanto, a pleno direito, no desenvolvimento social que a internet possui em nosso tempo, podemos portanto afirmar que os sites de jogos de cartas online são uma espécie de rede social de fundo lúdico.
Dois fenômenos podem ser analisados em relação aos demais, o do poker hold'em e aquele do Buraco, ao qual dedicaremos alguns artigos específicos.
Podemos portanto afirmar que as nossas cartas, agora milenares, se adaptaram perfeitamente à modernidade comtemporânea. Resta perguntar-se se as mesmas continuarão sua mutação também no futuro. É certo que sem cartas feitas de papel-cartão, fica difícil pensar em uma evolução neste plano. Ao invés disso, é plausível pensar que será a contaminação das tradições que as farão como patroas no futuro. Na verdade, foram mudados os nossos hábitos, como quando imaginamos o poker, jogo de 4 jogadores e 5 cartas, agora transformado no esportivo hold'em, em um jogo com mesas de 6 a 9 jogadores e duas cartas, é portanto possível que também outros jogos de cartas entrem em nossas vidas. Basta pensar no buraco e come este suplantou, nos últimos anos, as tradições do Tranca.
Permaneçamos à mesa de jogo para ver o que acontece.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Netbook dicas para comprar o seu
O que você precisa saber para escolher um Netbook sem errar.
Os Netbooks invadiram o mercado com suas telas pequenas e seu jeito despretensioso. Mas não se deixe enganar pela leveza e portabilidade: osNetbooks são capazes de proezas de "gente grande". O segredo está em saber escolher um modelo de acordo com suas necessidades. Para ajudá-lo, vamos analisar algumas características que realmente fazem diferença.
Como determinar o peso?
Esses atributos serão determinados em grande parte pela proporção da tela e a durabilidade da bateria. Explicando: a autonomia da bateria de um Netbook é dada pela quantidade de células que ela contém. Assim, aqueles com baterias de três células serão mais levinhos do que os de quatro e seis células. Em contrapartida, estes últimos serão mais pesados, chegando até mesmo a 1,5 Kg.
O público feminino mais sensível ao peso e a portabilidade costuma preferir equipamentos leves e minimalistas, com telas de LCD de 8,9" e 10.2" e baterias de três células.
Fique de olho na bateria
A vida útil da carga da bateria, ou seja, quanto tempo você conseguirá ficar longe das tomadas, está diretamente ligada à quantidade de células, como já falamos.  Essa faixa de durabilidade vai de 3 a 10 horas de uso ininterrupto, dependendo do tipo de bateria.
Vale a lembrança que, quanto mais duradoura, mais pesada é uma bateria. Se o seu foco é o peso, a pedida é um Netbook com baterias de três células, com o tempo de uso estimado entre 3 e 4 horas, suficiente para as tarefas básicas e rápidas. Mas se você viaja ou planeja ficar longe do alcance das tomadas por mais tempo, vale uma bateria extra e, claro, carregar sempre o cabo de força com você.
As telas de LCD
O primeiro ponto é lembrar que com um Netbook você não está buscando resolução, mas sim, portabilidade. Embora o tamanho de telas dos modelos oscile entre 7" a 12", o meio termo parece estar com as telas de 10.2", pois apresentam a melhor relação entre boa portabilidade e o baixo custo, além de garantir uma ótima experiência de uso com a modesta resolução de 1024x600.
Veja bem: até existem Netbooks com resoluções maiores, mas devido ao pequeno tamanho do LCD, a visibilidade de pequenos elementos gráficos e fontes fica comprometida e você terá que fazer uso do zoom e a dimensão das fontes constantemente para melhor visualizá-las.
Se você analisar o fator tela e resolução, identificando assim que eles são mais importantes do que peso e portabilidade, vale a pena investir num notebook com telas maiores.
O processador e a memória RAM
Aqui o que conta também é a utilização que você dará ao seu Netbook. As soluções de mercado não variam muito e, em tese, os modelos com clock (velocidade) de 1,6 Ghz dão conta do recado. A maioria dos Netbooks atuais são equipados com 1 GB de memória RAM, embora ainda existam alguns modelos iniciais com 512 MB e outros mais sofisticados com 2 GB. No geral, 1 GB é o indicado para atividades básicas, mas quanto ao uso do sistema operacional, algumas considerações devem ser levadas em conta. Windows XP e o GNU/Linux funcionam bem com 1 Gb. O Vista, dado seus requerimentos, costuma rodar melhor só com 2Gb.
Onde armazenar seus arquivos?
Para o sistema de armazenamento, os Netbooks trabalham com HDs de 2,5" (entre 120 e 160Gb) ou unidades de armazenamento em estado sólido (SSD). A tendência do mercado é pelos HDs, pois os SSDs têm menos espaço. Embora lentos se comparados aos HDs de Desktop eNotebook tradicional, rodando a 4.200RPM, ele suporta as tarefas mais corriqueiras, para as quais, diga-se de passagem, os Netbooks foram projetados inicialmente.
Sobre teclados e trackpads
Um ponto interessante é que, embora tenham melhorado significativamente, os teclados dos Netbooks são realmente menores do que os tradicionais em cerca de 20%. Mas, vamos lembrar que seu uso não foi projetado para longas horas. O Netbook é um computador para navegação, leitura de e-mails e etc - ele foi desenvolvido para ser prático. Logo, quem pretende passar horas na frente da telinha estudando, lendo textos e digitando, deve avaliar o quão ergonômica será essa relação.
Para entrar na internet!
Os Netbooks vêm com placa wi-fi de fábrica. Seu grande barato é poder acessar as redes sem fio e deixar você livre pela casa para navegar. Existem modelos que ainda oferecem alternativas de conexão, como a RJ-45, Bluetooth e o modem 3G. Esse último vale a pena para quem pretende "sair no mundo" com seu Netbook e não tem certeza se vai encontrar uma rede wi-fi disponível. Mas, se o seu uso é basicamente dentro de casa, os modelos básicos com placa wi-fi são suficientes.
Conectividade, eis a questão
Pense no seu Netbook com uma "base" onde você poderá conectar vários dispositivos que ampliem a experiência do pequeno notável. Sendo assim, o tipo de cartão e conexão que seu equipamento aceitará é um ponto importante na hora de escolha.
Cartões: É aconselhável optar por um modelo que seja compatível com a maior variedade de cartões de memória, como SD, MemoryStick e o MemoryStick Pro Duo. Dependendo da quantidade de gadgets que você tenha isso pode ser um diferencial.
Saídas USB: são multifuncionais e servem não só para suprir a conexão de equipamentos cujos cartões não são compatíveis (embora a transferência seja mais lenta), como para receber um pen drive ou um modem 3G. Procure, dentro do possível, averiguar se as saídas USB não são muito próximas, o que pode atrapalhar a conexão de dispositivos ao mesmo tempo.
Leve, portátil e funcional
Os Netbooks têm suas vantagens, não há dúvida. Desde que esperemos deles as funções para as quais foram projetados. Um Netbook não é uma estação de tratamento de fotos profissional, um computador para jogos, mas sim, uma solução prática que cabe até mesmo na bolsa, para ler e-mails e acessar seus sites preferidos.
O próximo passo
A partir de janeiro de 2010 o mercado de netbooks deu um novo passo rumo a portabilidade com o lançamento das primeiras tablets, lideradas pelo modelo da Apple: o iPad. Com funções semelhantes às do Netbooks, as tablets são compostas por telas sensíveis ao toque e com funções multimídia. O iPad, por exemplo, foi lançado com um propósito específico: reinventar o mercado editorial, através da aplicação do mesmo modelo de venda de faixas musicais do iTunes, só que para livros, jornais e revistas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jogos de cartas, film, cinema e arte
O Cinema é o principal meio para contar a vida e os sonhos do homem e como tal, tocou todos os aspectos da existência, inclusive aqueles do jogo, seja como esporte ou interpretado como cartas jogadas em torno à uma mesa.
Entre todos os jogos presentes na cinematografia seguramente há um posto de honra reservado para o poker; isto devido à natureza deste jogo e daquela do cinema.
 
Se na realidade é verdade que a história está calçada de citações lúdicas, deve-se considerar o peso narrativo e como o mesmo pode ser inserido em um contexto cinematográfico.
 
Seguramente seria difícil colocar uma partida de buraco como o motivo de uma estória, embora esta possa ser a origem da narrativa, mais ou menos central, para poder falar depois de outro tema (veja a partida de jogo de cartas de quinta-feira à tarde de “Desperate Housewife” ou aquela das mulheres da peça teatral “Due Partite” de C.Comencini) ou ainda, ser apenas elemento simbólico. O jogo na verdade, é facilmente utilizável como elemento descritivo ou narrativo, oferecendo a possibilidade de abrir uma porta aos personagens ou fazendo-nos entender seu caráter, exemplos marcantes são: a partida de Gin em “Nata Ieri” de G. Cukor (1950) onde aparece claramente o quanto o personagem de Billie é menos estúpida do que podia parecer; e o relacionamento íntimo entre Mamy e Rossella em “E o vento levou...” (1939) evidenciado entre outros, nas confidências que trocam enquanto jogam Whist.
O elemento simbólico do jogo de cartas e de alguns jogos de mesa é então, assim forte, que pode ser usado amplamente no cinema e na televisão, não somente de modo evidente mas também de um modo mais recatado, menos evidente, ou se desejarmos marginais irrecuperáveis (como Loch que explica a Backgammon a luta entre luz e escuridão no final do primeiro episódio de “Lost”; a partida de escopa com a vida no curta “La Formica Rossa” protagonista de um dos episódios da primeira série de “Boris”).
O jogo de poker, mais do que todos os outros jogos de cartas, consegue focalizar a atenção de diretores e cenografistas retalhando-se papéis principais e dando vida à um filão único e verdadeiro.
O poker possui um impacto narrativo mais forte que dos outros jogos de cartas, antes de tudo, pelo histórico que traz consigo, é na verdade considerado um jogo de “durões”, dispostos a arriscar pequenas fortunas sem piscar os olhos, se pratica nos grandes cassinos mas também nas bodegas, envolve os destinos e as misérias humanas como somente um jogo de azar pode fazer, mas diferentemente deste último, não se baseia somente na sorte, mas na frieza e no cálculo de probabilidades. Além disso o poker possui uma mecânica de jogo que se casa bem com os ritmos cinematográficos: basta mostrar algumas mãos de jogo para se ter uma visão do todo, a mão deste jogo é de breve duração e pode mudar completamente o êxito da partida inteira.
 
O poker, além do mais, possui intrisecamente o suspense, uma componente que, depois de Hitchcock, tornou-se um elemento narrante fundamental da sintaxe cinematográfica. Quando se misturam todas estas características nos parece claro que o poker seja o jogo cinematográfico por excelência.
O poker foi utilizado longa e largamente, o praticam agentes secretos (“007-Cassino Royale”) e super-heróis (Gambit em “X-Men, a origem: Wolverine”) e tornou-se motivo de muitos filmes, essencialmente americanos (“Cincinnati Kid” 1965, “California Split” 1974, “Rounders” 1998, “Lucky One” 2007, “Deal” 2008) mas não somente (“Dr. Mabuse” 1922, “Asso” 1981, “Regalo di Natale” 1986, “La Rivincita di Natale” 2004).
Além disso revela-se um instrumento mágico para dar sentido à estória, que nem sempre está ligada simplesmente ao jogo de cartas (“Kaleidoscope” 1966,”La Stangata- The Sting” 1973, “House of Games” 1987, ”“Honeymoon in Vegas” 1992, “Lock and Stock” 1998, “Run” 1991, “The Cooler” 2003).
Existe porém uma tipologia de filmes que, mais do que os outros, possui o poker em suas películas, trata-se do gênero “Western”. Na verdade quando analisamos uma partida clássica de poker podemos notar uma notável similaridade com um duelo no estilo velho-oeste, não por acaso os pistoleiros se desafiam à mesa de jogo, somente terminando a partida a socos ou trocando tiros (“Só existe uma coisa a fazer quando o teu adversário possui quatro ases: virar a mesa com um chute” em “Robin and the seven Hoods” 1964). A espera do momento ápice, seja este a descoberta das cartas ou o sacar das pistolas, é contornada em ambos os casos pelos entreolhar dos competidores e de suas mãos, em um crescendo de tensão que envolve o espectador em igual modo.
 
Seria impossível citar todos os filmes westerns que contém cenas ligadas ao poker, visto que teríamos que relacioná-los do primeiro ao último. Algumas menções de honra merecem porém “Three Godfathers” (1948) e “A Big Hand for the Little Lady” (1966), verdadeiros trabalhos-mestre do gênero. Além destes convém citar “Maverick” (1994), praticamente o único cruzamento de gêneros que ambienta um torneio de poker no faroeste e “...Continuavano a chiamarlo Trinità” (1971), célebre comedia-espaguete-western, onde em uma longa partida de cartas o prestigiador Tony Binarelli empresta suas mãos a todos os jogadores presentes.
Como vimos em um artigo precedente, o imaginário do poker segue mudando, das perigosas bodegas de “Lock and Stock” e “Rounders” passamos às salas de Texas Hold'em de Las Vegas em “Deal” e ao jogo online em “From Paris with Love” (2010). Permanece portanto a dúvida sobre como o cinema analisará e proporá o poker do futuro, que seguramente estará presente.
Francamente esperamos continuar vendo aquela parte romântica e maldita do poker, deixando aos cassinos de Las Vegas aquelas de objetivos de impossíveis rapinas (“La Rapina – 3000 miles from Graceland” e “Ocean's Eleven”, ambos de 2001), ou alcovas de intrigas de malfeitores (“Casinò” 1995).