Lude Mendes
Nenhum prejuízo resulta àquele que remexe nas profundezas de um velho baú, em busca de algo que possa lembrar a juventude.
sábado, 5 de outubro de 2019
INJUSTIÇA.
Escolher o que sentir mediante a uma traição , ofensa, injustiça ou difamação é complicado, mas sabemos como agir mediante ao que sentimos em relação a estes de corações vazios é uma virtude de quem coloca Deus a frente da situação.
As pessoas que nos ferem são sempre aquelas que teve a nossa confiança nas mãos, são sempre aqueles que se fizeram de amigos, são sempre aqueles que um dia nos cobriu de afetos e teve a nossa total atenção. É por isto que dói tanto , é por isto que desequilibra o nosso coração .
Neste vai e vem da vida, nestes desencontros de sentimentos bonitos e amor verdadeiro aprendi que quem da troco é comerciante, e que o nosso silêncio tem uma força maior do que qualquer palavra de afronta.
As vezes precisamos engolir a seco certas coisas e nos continuarmos sem nos perdermos de nós mesmos e sabermos que a paz é a nossa cama, e estarmos bem é o nosso jeito mais sincero e honesto de revidar a quem quer seja.
O que satisfaz o nosso ofensor é a nossa indignação, é a nossa ira, é a nossa raiva, é o prazer dele saber que nos atingiu, mas o que satisfaz a Deus é a nossa confiança n'Ele, e a nossa certeza de que quando Ele toma nossa causa por sua, d'Ele vem a resposta ... Aquieta-te.
Um dia, você se cansa de tanta falsidade. Cansa-se da hipocrisia, da injustiça e da falta de sorte. Você simplesmente se cansa da vida… E, quando isso acontecer, vai ser tarde demais para voltar atrás. Você estará em pedaços.
Esse é o mundo que eu vivo, mundo cheio de preconceitos, mundo cheio de injustiças, injustiça perante meus olhos, olhos cansado de tudo isso, olhos que por mais aberto só vê a escuridão, olhos que sorri pra não mostrar o que realmente sinto sentimento, sentimento de uma vida que não existe, não adianta, você é julgado por tudo que faz, tudo que pensa, tudo que queria ser ou fazer.
Mundo que julga o caráter de uma pessoa pela aparência, queria ter o poder do tempo... queria poder mudar meu destino, que pena não posso faze-lo... vou viver condenado por uma sociedade, vou viver escondido, vou viver a espera de um milagre.
A maior injustiça é um julgamento precipitado, pois nele o justo paga pelo pecador.
Lude Mendes
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE.
Esperança em dias melhores “Num mundo onde a falta de tempo é desculpa para tudo, onde o dinheiro domina as pessoas e o mau humor é constante, deve haver pessoas que nutrem esperanças em dias melhores, pois se não acreditarmos por nós mesmos, quem haverá de acreditar”?! Bom, é obvio que existem dias melhores e outros desolados, porém, não podemos deixar que a desolação minimize a nossa fé. A cada amanhecer renova-se a esperança de dias melhores. Com a luz de um novo dia ressurgem novos sonhos trazendo novos sorrisos. Basta acreditar, a felicidade chegará e acredite, ela chega.
Nova semana. Novo Mês chegando e junto com eles a esperança de dias melhores! Que venha abençoado por Deus, cheio de Bençãos e vitórias, que tudo o que vier de Deus aconteça e que nada nos enfraqueça, se acreditar-mos! Deus nunca falha, na real, Deus é a nossa esperança. A esperança é o combustível que nos faz continuar acreditando que dias melhores virão e que os nossos sonhos e desejos valem a pena. Só que se não tivermos bom senso, ela, a esperança também pode servir para iludir-mos, se não tivermos a devida fé..
Aqui no Brasil, a cada eleição que se realiza temos a esperança de que dias melhores para a sociedade virão. Não podemos deixar de ter a esperança, mesmo. Jamais poderemos de ter esperança em dias mais confortável para a nossa população, honesta e trabalhadora. Crenças em dias melhores, estão sempre presentes, na vida de cada ser humano. Mas há obstáculos que surgem para pôr um freio, em determinados projetos de vida. Desanimar jamais, em termos de dar novos ares, em tudo àquilo que seja de máxima importância, como no caso, sermos bem sucedido. Tenha ESPERANÇA sempre, ESPERANÇA de dias melhores, mas jamais despreze o HOJE, pois não há FUTURO BOM se desprezares o AGORA.
Lud Mendes
Nova semana. Novo Mês chegando e junto com eles a esperança de dias melhores! Que venha abençoado por Deus, cheio de Bençãos e vitórias, que tudo o que vier de Deus aconteça e que nada nos enfraqueça, se acreditar-mos! Deus nunca falha, na real, Deus é a nossa esperança. A esperança é o combustível que nos faz continuar acreditando que dias melhores virão e que os nossos sonhos e desejos valem a pena. Só que se não tivermos bom senso, ela, a esperança também pode servir para iludir-mos, se não tivermos a devida fé..
Aqui no Brasil, a cada eleição que se realiza temos a esperança de que dias melhores para a sociedade virão. Não podemos deixar de ter a esperança, mesmo. Jamais poderemos de ter esperança em dias mais confortável para a nossa população, honesta e trabalhadora. Crenças em dias melhores, estão sempre presentes, na vida de cada ser humano. Mas há obstáculos que surgem para pôr um freio, em determinados projetos de vida. Desanimar jamais, em termos de dar novos ares, em tudo àquilo que seja de máxima importância, como no caso, sermos bem sucedido. Tenha ESPERANÇA sempre, ESPERANÇA de dias melhores, mas jamais despreze o HOJE, pois não há FUTURO BOM se desprezares o AGORA.
Lud Mendes
domingo, 27 de janeiro de 2019
O FANATISMO.
Quando falei sobre fanatismo, receio que algumas pessoas entenderam mal e acharam que eu estava falando mal de suas religiões. Em momento algum eu discriminei qualquer religião, ao contrário, coloquei as três no mesmo patamar. Vou repetir no que Chico Xavier respondeu quando alguém lhe perguntou qual era a melhor religião. Ele, sorrindo, respondeu: A sua. É isso mesmo que sempre pensei. Não importa qual é a religião que sigamos, acho que, para o nosso aprendizado e evolução, cada um está onde deve estar, conviver com a pessoas que precisa conviver e seguir a religião que deve seguir. Eu estava falando para as pessoas, independente de religião. Ninguém pode negar que em todas as religiões existe fanatismo. É contra isso que precisamos lutar. Eu penso, posso estar errado, que o fanatismo só atrapalha a nossa caminhada.
Precisamos tomar cuidado com o fanatismo. Assim como os católicos e os evangélicos acham que tudo que lhes acontece de ruim é coisa do diabo, nós, os espiritas, corremos o risco de achar que, quando acontece algo que nos desagrada, também, é coisa de espíritos ruins, perturbadores ou coisa mandada. Se tropeçamos em uma pedra, caímos ou sofremos qualquer tipo de acidente ou quando perdemos o emprego, ou um amor vai embora, vamos achar que é coisa de espíritos ruins ou perturbadores, se pensarmos assim, a nossa vida vai se tornar um caos. Precisamos nos lembrar de estamos vivendo aqui na Terra e de que tropeços em pedras acontecem, quedas também, amores vão embora, acidentes acontecem e outras coisas ruins também. Quando alguma coisa dessas acontecer, se pararmos para analisar, vamos ver que 99% é sempre nossa culpa. Falta de atenção, distração, correria da vida e que se alguém vai embora da nossa vida é por que foi o melhor que poderia ter acontecido e que um vai e outro vem. O mesmo acontece com um emprego. Os espíritos ruins ou perturbadores só conseguem se aproximar, quando, usando do nosso livre arbítrio, permitimos através das nossas ações e palavras. Se, em qualquer situação tivermos fé, não tivermos maus pensamentos para com as outras pessoas e procurarmos viver a nossa vida sem julgar e muito menos condenar, não há espirito algum que vai conseguir se aproximar para nos fazer mal. Precisamos tentar viver corretamente e tudo vai ser como tem de ser, sem interferência alguma a não ser quando seja necessário que nossos amigos espirituais se aproximem para nos ajudar.
Amigos, qualquer fanatismo te impede de ver a realidade das coisas. Turva tua visão. Então por favor, parem de tentar impor tua filosofia aos outros. Nada que é imposto é bom. Feminismo, machismo, o "ismo" não é bom. Essa de tentar ser inteligente e dizer que sempre foi oprimido, não funciona. A liberdade da tua mente, nenhum ser humano é capaz de arrancar. Não sou machista, feminista, só defendo a liberdade de pensamento de cada um. Não faz sentido reclamar sobre opressão, oprimindo. Agora... Se você não tem a capacidade de respeitar a opinião de outros, guarde a sua. Só peço que sejam respeitosos uns com os outros. Sem homem e mulher, não seria possível estar aqui. Nenhum é mais importante que o outro. A natureza se completa. Então, antes de se tornar um fanático, use toda a liberdade de pensamento que tens. Faça uma lista se precisar. Só não faça esse papel ridículo que vejo tantos fazendo. Seja honesto consigo mesmo e com os outros. Um grande abraço a todos.
Lud Mendes
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
OS MAIORES CORRUPTOS DA HISTÓRIA DO BRASIL
Operação Lava Jato, Mensalão e ex-presidente do partido preso. Este é o saldo da sigla partidária mais enrolada em investigações do Brasil, o PT (Partido dos Trabalhadores), que não trabalham, mas são ladrões perfeitos. Os números não mentem, portanto, vamos analisá-los para compreendermos o esquema de corrupção desse partido que continua vivíssimo, apesar de estar “estraçalhado” pelas ações da justiça.
Acusado de participar de vários esquemas de corrupção há mais de uma década, com direito a 21 parlamentares investigados sendo 5 já réus no STF (Supremo Tribunal Federal). Os arranjos transitam entre lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Mas, pasmem - há ainda inquéritos por lesão corporal, falsidade ideológica e, até, racismo!
O partido também foi o único denunciado, como pessoa física, por improbidade administrativa na Lava Jato. Apesar de tudo isso, a principal baixa da sigla partidária foi à condenação de seu maior símbolo. Sim, a prisão do seu grande expoente: o homem que despertou paixões (amor e ódio); que se tornou verbo e foi conjugado nas urnas por milhares de pessoas de nome Luis Inácio (LULA) da Silva. O político brasileiro que alcançou um dos maiores índices de aprovação da história com cerca de 93%. Difícil compreender como isso foi possível, afinal ele sempre representou uma ameaça ao país.
Para se equiparar a Ele ou um rival a altura dos rombos praticados, temos o exemplo do dono de frases polêmicas, misóginas e autoritárias. Condenou, com suas políticas, os pobres, participou de golpes e fartou-se de dinheiro público, mas hoje é, apenas, mais um político que tenta escapar da condenação, alegando problemas de saúde. Paulo Maluf é, no mínimo, uma figura controversa que foi tolerado por mais de duas décadas pelo eleitorado e justiça brasileira. Seu partido, o PP, desponta como o mais implicado na Operação Lava Jato, embora tenha pouco espaço nos principais veículos de comunicação. Aliás, a injustiça começa aqui. Por que o Partido Progressista (PP) não recebe atenção da velha mídia? Seus números não são suficientes? Ora, isso é das bravas!
Conclusão; Os Políticos ao se fazerem de vítimas de fatos concretos das investigações de corrupção, é a tentativa de convencerem, seduzirem ou aliciarem a população ignorante da sua inocência.
Lud Mendes
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
Um relato íntimo.
Recentemente, deparei-me numa situação de conflito existencial. Disseram-me que sou muito seletivo. Bom, refleti por um breve momento e não foi difícil chegar à conclusão que tal característica faz parte da minha personalidade. - Sou seletivo, sim, sobretudo, ao lidar com pessoas. Para tanto, poucas são as que me agradam.
Como dito, sou uma pessoa seletiva, sendo cauteloso, mantendo o cuidado de manter próximo a mim as pessoas com as quais sempre estiveram comigo, e não me arrependo disso. Porém, isso poderia melhorar. Desse modo, tentei trazer pessoas novas, mas boa parte delas me decepcionaram. Elas vieram, bagunçaram a minha vida e a minha mente e simplesmente saíram dela, como se nada tivesse acontecido. Hoje, percebo que foi um erro, mas eu sempre pude e posso contar com aquelas pessoas as quais sempre confiei. Como visto, ser seletivo não é um ato egoísta, é apenas um modo de não se machucar com pessoas que não se importam realmente com você. E se não desejo que ninguém sofra por mim, tampouco vou querer que eu venha sofrer por alguém.
Sou do tipo que observa bastante. Não vou atrás da primeira mulher que aparece, sendo ela atraente ou não. Como dizia Neruda, “encante-me com uma certa calma, sem pressa. Tente entender a minha alma”. E se entendê-la, avisa-me, pois eu me envolvo sem medo e sem receio.
Teve um período de minha vida que quando o assunto era namoro, fui seletivo mesmo. Para beijar e ficar, fui seletivo, imagine então para namorar. Posso beijar numa noite uma garota linda com quem pouco tenha falado, mas se ao falar com ela a conversa não fluir (ressalto que ninguém é vazio, podemos ser pessoas que culturalmente não se entendem), não teria mais nada com ela. Se quero algo mais sério, tem que essa mulher ter algo a ver comigo, e há coisas que definitivamente não podem haver: ciúme exacerbado e demais futilidades do gênero, só atrapalham algo que com diálogo e compreensão poderiam ser justificados e certamente contribuiriam para um futuro, talvez, lindo.
Lud Mendes
Como dito, sou uma pessoa seletiva, sendo cauteloso, mantendo o cuidado de manter próximo a mim as pessoas com as quais sempre estiveram comigo, e não me arrependo disso. Porém, isso poderia melhorar. Desse modo, tentei trazer pessoas novas, mas boa parte delas me decepcionaram. Elas vieram, bagunçaram a minha vida e a minha mente e simplesmente saíram dela, como se nada tivesse acontecido. Hoje, percebo que foi um erro, mas eu sempre pude e posso contar com aquelas pessoas as quais sempre confiei. Como visto, ser seletivo não é um ato egoísta, é apenas um modo de não se machucar com pessoas que não se importam realmente com você. E se não desejo que ninguém sofra por mim, tampouco vou querer que eu venha sofrer por alguém.
Sou do tipo que observa bastante. Não vou atrás da primeira mulher que aparece, sendo ela atraente ou não. Como dizia Neruda, “encante-me com uma certa calma, sem pressa. Tente entender a minha alma”. E se entendê-la, avisa-me, pois eu me envolvo sem medo e sem receio.
Teve um período de minha vida que quando o assunto era namoro, fui seletivo mesmo. Para beijar e ficar, fui seletivo, imagine então para namorar. Posso beijar numa noite uma garota linda com quem pouco tenha falado, mas se ao falar com ela a conversa não fluir (ressalto que ninguém é vazio, podemos ser pessoas que culturalmente não se entendem), não teria mais nada com ela. Se quero algo mais sério, tem que essa mulher ter algo a ver comigo, e há coisas que definitivamente não podem haver: ciúme exacerbado e demais futilidades do gênero, só atrapalham algo que com diálogo e compreensão poderiam ser justificados e certamente contribuiriam para um futuro, talvez, lindo.
Lud Mendes
terça-feira, 31 de julho de 2018
DESPREZO.
Deus jamais abandona nenhum de Seus filhos. E, por mais que se sinta desprezado por Ele, você nunca esteve sozinho em nenhum momento. O que te falta é aguçar mais a sua sensibilidade - e gratidão -, já que Deus está nos detalhes, nos sinais, e somos nós que muitas vezes O desprezamos por culpa das 'distrações' do cotidiano que nos impedem de ver e sentir o que é de fato necessário. Cada um é responsável pela fé que carrega dentro de si, e do apego aos seus pesadelos de estimação. Prolongar um lamento por algo que ocorreu no passado ou se entregar a um problema do presente é seguir um caminho difícil de contornar, a não ser que se entenda que o único condutor capacitado para ditar o rumo do seu destino é você. Permita-se seguir em frente, dê-se uma chance digna de um encontro verdadeiro com Deus e com a sua vida real. A vida tem prazo de validade indeterminado, mas não é eterna. Ela não espera parada por atitudes que deixamos de tomar, porque estávamos 'ocupados' demais condenando-a. Faça do seu Hoje, realmente, um novo e lindo dia! Sorria, invista em sua felicidade, em seu bem-estar, perdoe, ame e sinta todo amor e cuidado que recebe, assim que abre seus olhos, assim que Deus permitiu esse momento... Ele já está agindo, e a seu favor!
Mas só há um mundo. A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece também que o sentimento do absurdo nasça da felicidade. - Acho que tudo está bem-, diz Édipo e essa frase é sagrada. Ressoa no universo altivo e limitado do homem. Ensina que nem tudo está perdido, que nem tudo foi esgotado. Expulsa deste mundo um deus que nele entrara com a insatisfação e o gosto das dores Inúteis. Faz do destino uma questão do homem, que deve ser tratado entre homens. Toda a alegria silenciosa de Sísifo aqui reside. O seu destino pertence-lhe.
Vida a fora a gente sente a dor da ingratidão chegar de diferentes corações, mas nada dói tanto como sentir a ingratidão de um Filho ou Filha, como me sinto atualmente. É sentir que fracassamos; que todo o amor e dedicação foram em vão ou por pior que seja a realidade, não demos. Dói, é verdade, mas mesmo assim luto contra a frustração e jamais vou desistir. Enquanto me restarem vida e forças, terei esperança em que seu coração enxergará, que por pior que seja, fui fraco. Todos atravessamos diferentes fases na vida, todos erramos, uns mais outros menos, e eu quero que você saiba, minha filha, que quando quiser, estarei aqui. Você é minha filha, Ontem, Hoje e para Sempre, e é para o bem e para o mal, assim como meu amor por você é Incondicional!
Lud Mendes
Mas só há um mundo. A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece também que o sentimento do absurdo nasça da felicidade. - Acho que tudo está bem-, diz Édipo e essa frase é sagrada. Ressoa no universo altivo e limitado do homem. Ensina que nem tudo está perdido, que nem tudo foi esgotado. Expulsa deste mundo um deus que nele entrara com a insatisfação e o gosto das dores Inúteis. Faz do destino uma questão do homem, que deve ser tratado entre homens. Toda a alegria silenciosa de Sísifo aqui reside. O seu destino pertence-lhe.
Vida a fora a gente sente a dor da ingratidão chegar de diferentes corações, mas nada dói tanto como sentir a ingratidão de um Filho ou Filha, como me sinto atualmente. É sentir que fracassamos; que todo o amor e dedicação foram em vão ou por pior que seja a realidade, não demos. Dói, é verdade, mas mesmo assim luto contra a frustração e jamais vou desistir. Enquanto me restarem vida e forças, terei esperança em que seu coração enxergará, que por pior que seja, fui fraco. Todos atravessamos diferentes fases na vida, todos erramos, uns mais outros menos, e eu quero que você saiba, minha filha, que quando quiser, estarei aqui. Você é minha filha, Ontem, Hoje e para Sempre, e é para o bem e para o mal, assim como meu amor por você é Incondicional!
Lud Mendes
sexta-feira, 20 de julho de 2018
NOSSOS DIAS MELHORES, NUNCA VIRÃO?
Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ano em crise
com o tempo. Que estranho presente é este que vivemos hoje,
correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a
vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um
tempo mais rápido. As utopias liberais do século 20 diziam que
teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não
está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e
produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos
corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de
alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas,
fábricas vivas, chips, pílulas para tudo. Funcionar é preciso; viver não é preciso. Por
que tudo tão rápido? Para chegar aonde?, para gozar sem parar? Mas gozar como?
Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo
sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um enorme presente, na expressão de Norman Mailer. E este enorme
presente nos faz boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que não pára de não chegar. Antes, tínhamos os velhos filmes em
preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de
que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no
futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, de começo e fim, ficamos também
sem presente. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares,
somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo
programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se
quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.
Há alguns anos, eu vi um documentário chamado
Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme
que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou
uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92,
Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o
material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo
seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas
mais lindas e assustadoras que já vi. Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se
viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um
milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram
incluídos num decorrer, num devir que não havia. Hoje, esses índios
estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma
doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é
que pareciam mostrar o presente verdadeiro deles. Eram mais
naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e
sandália, pareciam estar numa espécie de passado daquele presente.
Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Lembrando disso, outro dia, fui atrás de
velhos filmes de 8mm que rodava há 50 anos atrás também. Queria ver o passado, ver se
havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que denunciasse algo
que perdi, ou que o Brasil perdeu... Em meio às imagens trêmulas, riscadas,
fora de foco, vi a precariedade da família de classe média, tentando
exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e
eu ali, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de
identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu,
como entre os índios. Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A
mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em
que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País
nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem
som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios,
galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma
fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da
capital. Dava para ver ali que, como no filme da família de classe média, estavam aquém
do presente deles, que já faltava muito naquele passado.
Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O hoje deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias. E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os juros da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é não ter futuro; é nunca estar no presente.
Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O hoje deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias. E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os juros da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é não ter futuro; é nunca estar no presente.
Lud
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